O caminho da vida passa pelo status.
Status é o lugar onde você se encontra agora, quem você é perante a sociedade e principalmente, como a sociedade te classifica.
Status é aparência, são as posses, pode ser um cargo ou até mesmo a relação com outra pessoa.
Conscientes ou não, todos temos um status. O que toca é a importância que damos a ele.
É importante dizer que todo meio social tem status. E dependendo do meio, pode parecer que não é idolatria de status, mas é.
A santidade pode se configurar como um status. Parece loucura dizer isso, mas é a verdade. Como a busca pela santidade é algo bom, pode parecer uma insanidade a minha afirmação. Mas afirmo porque eu mesma já tive a santidade como status, como orgulho e como merecimento.
Santidade como mero status é quanto você vai à missa todos os dias para bater no peito e dizer que vai à missa todos os dias. E ainda corre o risco de ser status mesmo se você decidir que não vai dizer para ninguém: quando você se vangloria para você mesmo porque vai à missa todos os dias, que isso te faz melhor que alguém ou te dá a certeza do céu.
Quando você faz caridade e posta a foto na rede social, tipo assim, selfie com a pobreza/retiro/adorando/etc. Você não está divulgando o serviço, chamando outros para aquela vocação; você está se promovendo. Divulgar um serviço é tirar a foto só daquilo, sem você como personagem principal, é telefonar pedindo, é boca a boca ("amigo, você pode me dar uma ajuda para isso? vamos lá naquele momento para ajudar"), é escrever no status do face (sem foto) e deixar contato pra alguém realmente te encontrar.
Desculpem, mas a linha é tênue mesmo. Você deve sempre se perguntar porquê esta fazendo aquilo. E isso é cura interior contínua. Corremos o risco de ficarmos mornos, enganados por nós mesmos sobre os motivos reais de estar numa caminhada, numa missão, de viver para Deus. E isso é perigoso, infrutífero, interrompe nossa escada ao céu.
Naquele tempo, 38Jesus dizia, no seu ensinamento a uma grande multidão: “Tomai cuidado com os doutores da Lei! Eles gostam de andar com roupas vistosas, de ser cumprimentados nas praças públicas; 39gostam das primeiras cadeiras nas sinagogas e dos melhores lugares nos banquetes. 40Eles devoram as casas das viúvas, fingindo fazer longas orações. Por isso eles receberão a pior condenação”. (Mc 12, 38-40)
Será que de vez em quando não queremos também os primeiros lugares na igreja, não nos vestimos até de modo bem simples, mas para mostrar que somos mais santos? Infelizmente, sim. Creio que todos já passamos por esse momento da vida, aquele em que você se orgulha pelo que mostra, pelo que parece, mas a grande maioria das pessoas não pára para refletir sobre isso.
E por que isso acontece? Por que todos temos no coração o desejo profundo de sermos amados. E quando desviamos esse desejo do único que pode realizá-lo - o amor de Deus -, vamos nos trocando por qualquer coisinha assim. Só que, por estar dentro da Igreja, achamos que estamos imunes, que já estamos no lugar certo. E aí acontecem as brigas, desentendimentos, por causa de posições, cargos, idéias, acontecem as desistências"porque ninguém ligava pra mim, porque fulano me tratou mal". Tudo isso é fruto da nossa falta de maturidade, e que Deus coloque sempre em nosso caminho as pessoas mais maduras, com mais discernimento, para nos indicar a verdade dos nossos atos, e os fatos.
Outra coisa que desmascara isso é o Evangelho. Fazer da nossa vida a vivência do Evangelho é trazer para hoje tudo aquilo que os apóstolos e todos os que se encontraram com Jesus viveram. Olhando para os discípulos disputando a direita e esquerda de Jesus, perguntando quem era o maior, entre tantos outros momentos, percebemos que somos exatamente iguais a eles, e que, se eles foram como nós, nós temos jeito! Jesus sempre ensina o caminho da cura, o caminho de ser amado, a solução para aquilo que não nos faz crescer, mas nos deixa estacionados no mesmo lugar.
Então, fiquemos de olhos abertos para o que é essencial, para o que é mais importante. Status não é o que de verdade eu sou, só Deus conhece nosso coração. Devo ter uma conduta que testemunhe aos irmãos, que arraste, que converta, mas muitas coisas acontecem sem que isso precise ser propagado. Não esqueçamos que A ORAÇÃO CONVERTE, TRANSFORMA, AGE; superestimamos nossas forças, capacidades, e esquecemos de entregar tudo para Deus.
Não quero ser temerária demais, nem criticar a busca pela santidade, os bons costumes, as obras de misericórdia. Busquemos sempre isso, mas não esqueçamos de amar, de acolher, de nos importar com o que realmente importa: amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo!
Então, fiquemos de olhos abertos para o que é essencial, para o que é mais importante. Status não é o que de verdade eu sou, só Deus conhece nosso coração. Devo ter uma conduta que testemunhe aos irmãos, que arraste, que converta, mas muitas coisas acontecem sem que isso precise ser propagado. Não esqueçamos que A ORAÇÃO CONVERTE, TRANSFORMA, AGE; superestimamos nossas forças, capacidades, e esquecemos de entregar tudo para Deus.
Não quero ser temerária demais, nem criticar a busca pela santidade, os bons costumes, as obras de misericórdia. Busquemos sempre isso, mas não esqueçamos de amar, de acolher, de nos importar com o que realmente importa: amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo!
Que eu sempre seja sensível a perceber o objetivo da minha vida, e não me perder nas coisas que passam, nos detalhes, no que as pessoas acham de mim. Que eu me preocupe com o essencial e me baste no grande, infinito amor de Deus!
"Somos servos inúteis, fizemos o que devíamos fazer" (Lc 17, 10)
E graças, graças a Deus por isso!
Nenhum comentário:
Postar um comentário