Tempo de quaresma é um tempo de ir contra nossas vontades. Pois no evangelho ouvimos que Jesus foi levado ao deserto para ser tentado, e assim esses são dias de sacrificar nossas vontades.
A melhor quaresma que já fiz foi aquela em que silenciei para não brigar, e isso foi intensamente contra o que eu queria, na minha posição de "estar certa". Então aprendi que temos que deixar estar, deixar ser, e isso é contra a mentalidade humana de sempre estar certo, fazer valer seu querer; vivemos em tempos de "eubsolutismo".
Também ja se condenam as penitências de doces, refrigerantes, e até as de redes sociais, tão usadas nos últimos anos. Acho que hoje o desafio é saber usar, saber dosar, porque não adianta ficar 40 dias sem aquilo e no domingo de Páscoa cometer o pecado do exagero.
São tempos de lucidez: de perceber que aquilo que vivo na quaresma deve ser estendido para o ano todo! Não pode ser apenas uma trégua, uma desforra que apaga todos os meus excessos e pecados cometidos durante o ano.
Acho que hoje isso é o mais complexo; fazer uma quaresma silenciosa, fazer algo real e não mecânico, e levar isso durante o ano, sem desistir ou postergar para a quaresma seguinte.
Não é um tempo de sofrimento puro, seco, mas não espere
calmaria... mais do que isso, é olhos fixos na Páscoa, onde poderemos dizer "combati o bom combate, guardei a fé", não como seres perfeitos, mas pessoas melhores!
Deus abençoe nossa caminhada!
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